Que seja este o primeiro de alguns que tenho:
Soneto de desejo qualquer - Pedro Lopes de Morais
Perdoa-me pelo fato
De ser tão insistente
Para com o teu desejo impertinente
Ficando eu tão estupefacto
Concede-me o teu amor
Sem que eu me perceba
E em minha vã matéria ilesa
Se faça homogêneo o teu sabor
Que por ser tolo não te reprima alento
Mesmo te amando tanto, tanto e por tanto tempo
Ei de saber dá-lo a ti
Sabendo que por mais que eu queira
Provar por primeira e derradeira
Sempre serei teu e tu de mim.
Para comentar um soneto, somente outro soneto... Mesmo que para isso eu tenha que abrir mão dos meus princípios... Dessa vez vale a pena...
ResponderExcluirSoneto da Ausência
De tudo o que considero importante
Diante dos dias vividos por mim
Começo a perceber que num triste fim
Sonho, Amor nada pode ser constante
De tudo, sempre considerei infame,
Certeza única, eterna é a Solidão
Vazia, modelo de angústia do não
Morte, medo de que nada se derrame
Sinto na alma uma dor, ausência profunda
De amor, da outra presença que me completa
Algo bem mais além do terror que afunda
Será que o amor pode ser tudo na vida?
Um sentimento que o coração desperta,
Um momento de propensa despedida...
"(...)modelo de angústia do não/Um momento de
ResponderExcluirpropensa despedida..."
É o velho medo da negativa! Devemos é compreender que o mistério da vida é justamente a despedida. Uma eterna espera pelo até a vista...Que invariavelmente há de chegar.
Poxa... Me surpreende a cada texto... e nesse sonteo então...
ResponderExcluirAlguém querendo provar de um sabor nunca antes experimentado, porém já sabendo que ele eh bom....
Tu é O CARA...