terça-feira, 30 de março de 2010

E agora?..


Eis-me aqui, depois de um bom período afastado de minhas despretenciosas postagens, para revelar que que encontro-me, paradoxalmente, perdido.

Desde a publicação de "Ambivalência: estado bipartide" que o estou vivendo incansavelmente, sem solução alguma. Ou melhor. Pensei ter tomado a decisão mais assertiva, entretanto me vejo emaranhado em outros tantos que não me enxergo a labutar meu canto que pensara ser só meu. E agora?.. Medo de magoar novamente, mas sabendo que não será a primeira nem a ultima decepção deste ser louvável! Mas ainda assim apreensivo quanto ao calo que causarei. Ah indecisão!

Concluo aqui mais uma etapa de minha eterna ambivalência, uma vez que vocês lerão outros tantos capítulos desta saga e cega insensatez.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Olhos em chamas


Estúpida maneira de andar fundida com uma igual maneira de pensar. Foi assim que eu reparei em você. Seu corpo agora é de mulher, mas seus pensamentos ainda são fúteis. O seu cabelo ganhou um novo balanço! Balanço que embala os meus desejos mais ocultos, fundido com uma (re)ação em cadeia que fazem meus hormônios sacudirem e os meus olhos arderem, como quando o metal perfura sua estúpida pele opaca e sem fulgor. Pelo menos até que eu chegue com o ouro pra o seu brasão. Ei de embalar canções e desbravar amores. Mas no momento o que eu mais quero é te admirar e pensar na hipótese de te possuir sem te comprar; de te beijar sem ter ninguém pra ver e ter inveja. De te dizer "enfim sós".
Droga! Meus olhos estão ardendo de novo e não querem parar! Minha mãe diz que é problema de vista... Mas eu consigo ver muito mais longe do que um ser... Um ser humano qualquer e inútil. Não. Inútil não. Ele é bem útil para quem sabe tirar proveito dele e da situação que ele se encontrar.
No momento eu me encontro numa situação um tanto estarrecedora. Mas nada que não se resolva com um beijo na boca e um cheiro no pescoço!
Minha vida, "só", é como o Sol. Quente e indispensável. Por tanto, quando se sentires baixo com alguma coisa incomum em sua vida, lembre-se de uma pequena frase tola e rebelde de um célebre garoto bissexual: "prefiro Toddy ao tédio" e viva! Porque a vida não pára por causa de um problema adolescente - crise existencial.
O meu grande dilema é ver o meu amor se transformar em luxúria. Mas até que isso não é lá um problema tão sério assim, pois chega a ser estimulante! E os meus olhos continuam ardendo. Mas eu acho que isso nunca vai parar, pois é progressivamente necessário. Pelo menos até que eu ache alguém que me mostre como ser imensamente feliz no fulgor do meu olhar.
P.S. Para quem achar que os escritos não são meus, pesquise. Quando não forem colocarei aspas. Obrigado!

Soneto de desejo "qualquer"

Que seja este o primeiro de alguns que tenho:

Soneto de desejo qualquer - Pedro Lopes de Morais

Perdoa-me pelo fato
De ser tão insistente
Para com o teu desejo impertinente
Ficando eu tão estupefacto

Concede-me o teu amor
Sem que eu me perceba
E em minha vã matéria ilesa
Se faça homogêneo o teu sabor

Que por ser tolo não te reprima alento
Mesmo te amando tanto, tanto e por tanto tempo
Ei de saber dá-lo a ti

Sabendo que por mais que eu queira
Provar por primeira e derradeira
Sempre serei teu e tu de mim.

sábado, 6 de março de 2010

Me deixa


Deixa eu me lembrar daquele tempo bom. Bom porque eu nem sabia o que era o tempo. O tempo era apenas a tarde que dava lugar à noite e, nesse horário eu não podia sair de casa.
Era então tempo de ansiedade, sem me aquentar de vontade pelo alvorecer, sempre pensando em correr atrás de nada...
Me deixa vai. Deixa eu ser passarinho. Trilhando sem rumo o meu caminho. Mas sabendo que pelo menos ele é meu. Sem egoísmo. É só certeza! De que tem algo para fazer que só eu posso fazer, mas não quer dizer que devo fazer sozinho.
Ainda assim... Me deixa.
Deixa eu buscar consolo no inconstante. Deixa eu tentar ser relevante. Ao menos para mim mesmo.
E ei de provar do encantador, desdenhá-lo e cuspi-lo, chorar e sangrar por ter sofrido...
Ainda assim... Me deixa.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Eudemonismo: What porra is this?

O eudemonismo é um sistema ou teoria filosófico-moral
segundo a qula o fim e o bem supremo da vida humana é
a felicidade.
Conforme Blackburn:
" ética baseada na noção aristotélica de 'eudaimonia' ou felicidade humana... Embora próxima da 'ética da virtude' , essa abordagem distingue-se daquele quando é eliminada a identificação grega entre a ação virtuosa e a felicidade. O eudemonismo pode também variar conforme as noções do que é, de fato, a felicidade. Assim, os cirenaicos acentuam o prazer sensual; os estóicos salientam o desapego em relação a bens mundanos, como a riqueza e a amizade. Tomás de Aquino dá mais à felicidade como contemplação eterna de Deus e assim por diante".
Não importa qual a sua noção eudemonista. Apesar da palavra ser um tanto inadequada aos ouvidos, pois parece mais uma noção ao demonismo, é bem o contrário que se prega. Seguir ideais em busca da felicidade, seja de que forma for, sejamos pois pesquisadores da nossa e usemos ela como função social. Nossa felicidade para ser autêntica, deverá alcançar a do próximo, sendo cada um feliz com sigo mesmo em convênio com o outro.
Sejamos um "eu" feliz de nós todos!
(Pedro Lopes de Morais)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Ambivalência: estado bipartide

Sabem?.. Todo mundo tem pelo menos um momento ambivalene em sua vida. Em que suas certezas te perceguem querendo insistentemente te mostrar que estão erradas. Querendo te dizer que precisam ser revistas e montadas novamente. É a constante mudança do ser humano!
Mas as vezes é bem pior. Quando você acredita veementemente que aquilo que você quer, que aquela pessoa é realmente o que você quer fazer da sua vida! Mas por outro lado, não sussega sua mente, se esforçando cada vez mais para desfarçar seus olhares aos defeitos de sua aspiração mas não consegue e eis que surge a dúvida perene a te infernizar.
E nem pense que tocar a cornocópia da fortuna vai te fazer brindar com suas incertezas. Estás vivendo homem! Acostuma-te.

Alegria e felicidade. Ha diferença nisso?

De certo e, em primeira análise, não se vê diferença

alguma entre essas duas palavras. Apenas uma completa a outra.

Por vezes nós falamos "nossa como estou feliz"! Mas verdadeiramente, você está é alegre. Contente, entusiasmado, como queira, mas feliz, feliiiz você não está.
Não pensem que este é um texto em prol da insatisfação ou infelicidade alheia. De forma alguma. É apenas um ponto de vista mais realista e dogmático da situação.
A alegria nada mais é que tudo isso que se sente o tempo todo e que a maioria não nota e acaba por deixar passar essa bonita sensação que é perceber que se está alegre. Larga de mão o dia que amanhece ensolarado, ou mesmo o dia que ressurge nublado te trazendo fadiga, mas anunciando que derramará sobre nós a certeza do alimento que nos nutre e da essência que nos hidrata.
Quando a humanidade em fim perceber, começar de fato a dar valor a cada ínfima fagulha de felicidade que Deus nos mostra através da alegria contida nas pequenas venturas da vida - acordar, beber, comer, beijar sua mãe, dizer eu te amo - saberá que está construindo um modo de viver bem melhor, seguindo a felicidade pseudomaterializada, a forma mais fácil de ser feliz, através da alegria que é viver.
E se ainda não entendeu, felicidade é:
todo o somatório de alegrias entendidas
como tal que se condensarão e te ajudarão
a entender e estar mais próximo do pai. Pois alegria absoluta
ou felicidade de fato só existem no metafísico, no estrasensorial,
em Deus.
(Pedro Lopes de Morais)